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Como viajar de avião com o seu animalzinho

Se antes ficar longe do seu bichinho ao passar as férias fora de casa era um dilema, saiba que hoje se tornou mais fácil viajar de avião com ele – mas não pense que deixou de ter muita burocracia. Por isso, vamos te ajudar com todas as informações necessárias que se deve saber para levar seu companheiro de viagem em uma nova aventura. Os procedimentos abaixo valem principalmente para cachorros e gatos (para animais silvestres, você deve checar suas especificações na companhia aérea escolhida – a maioria delas não faz o transporte desse tipo de animal). Lembre-se: é recomendável que todo esse procedimento seja feito com antecedência de 6 meses da sua viagem, pois dependendo das exigências do seu destino final pode demorar bastante.

1. Reserve a vaga do animal na companhia aérea

Um dos primeiros passos é entrar em contato com a companhia aérea com antecedência. Isso porque a maioria delas determina uma quantidade máxima de animais que podem embarcar no avião, em geral, podendo ser até três animais por voo. Essa regra se altera de acordo com cada companhia aérea e o tipo de voo (internacional ou nacional), então se informe antes de comprar a passagem.



2. Documentação necessária

Assim como você, seu animal também precisa ter documentação para viajar. A documentação exigida varia de acordo com três fatores: a companhia aérea, seu destino final e o tipo de viagem (nacional ou internacional). Ou seja, isso depende de cada viajante e deve ser visto com calma e antecedência, caso contrário de não ter tudo organizado seu animal será impedido de entrar no lugar que deseja ir. Abaixo, confira a lista do que é comum ser pedido em viagens por meio de transporte aéreo em geral: 

  • Voos Nacionais

- Carteira de Vacinação + Certificado de Vacinação Antirrábica: para todo animal com mais de 3 meses de idade, deve ser aplicada a vacina antirrábica entre 30 dias até 1 ano antes da data do embarque. No documento deve conter o nome do laboratório produtor, o tipo da vacina e o número da ampola utilizada.

- Atestado Sanitário: nesse documento deve constar que o animal de estimação está em boas condições de saúde e apto para sua transferência ao país de destino, devendo ser, necessariamente, emitido por um médico veterinário registrado no CRMV-UF. É preciso que seja emitido até 10 dias antes do embarque.

  • Voos Internacionais

A documentação para voos internacionais varia de acordo com o país de destino e conexões, ou seja, verifique as exigências do seu destino. 

- Carteira de Vacinação + Certificado de Vacinação Antirrábica: para todo animal com mais de 3 meses de idade, deve ser aplicada a vacina antirrábica entre 30 dias até 1 ano antes da data do embarque.

- CVI (Certificado Veterinário Internacional) ou CZI (Certificado Zoossanitário Internacional): é um certificado que serve para garantir o cumprimento das condições sanitárias exigidas para o trânsito internacional de animais até o país de destino. Esse documento é obtido nas unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no aeroporto, porto ou posto de fronteira mais próximo (aeroporto de origem do vôo que transportará o animal) ou nas Superintendências Federais de Agricultura (SFA) em cada estado. Para o ingresso no país de destino, o documento vale entre 2 a 10 dias (consulte as regras de cada lugar) contados do momento da emissão na unidade do VIGIAGRO até a chegada no país de destino.

*As autoridades brasileiras só podem emitir o CVI ou CZI se todos os requisitos sanitários exigidos pelo país de destino forem cumpridos.

- Atestado Sanitário: nesse documento deve constar que o animal de estimação está em boas condições de saúde e apto para sua transferência ao país de destino, devendo ser, necessariamente, emitido por um médico veterinário registrado no CRMV-UF. É preciso que seja emitido até 10 dias antes da emissão do CVI ou do passaporte.

- Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos: é um documento oficial emitido pelo Ministério Brasileiro da Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA), utilizado para o trânsito nacional e internacional de cães e gatos. O passaporte é emitido gratuitamente nas unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), localizadas em aeroportos, portos ou postos de fronteira mais próximo (aeroporto de origem do vôo que transportará o animal) ou nas Superintendências Federais de Agricultura (SFA) em cada estado. Em viagens internacionais, poderá ser utilizado para os países que o aceitem (Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Brunei, Colômbia, Gâmbia e Taiwan) em substituição do CVI ou CZI. Nas nacionais, poderá ser utilizado para substituir o atestado de saúde. Esse documento é fornecido em 30 dias úteis, sendo válido por toda a vida do animal.  

*Para a concessão do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos será obrigatória a identificação eletrônica do animal (microchip).

- Microchip: Alguns países exigem uma identificação eletrônica no animal antes da viagem. Com isso, deve-se fazer esse procedimento antes de todas as outras exigências e solicitar ao veterinário responsável que coloque o número do microchip em todos os documentos exigidos pelo país de destino. Pode ser necessária a apresentação de um certificado do procedimento no idioma oficial do país.

Para mais informações, acesse aqui.



3. Opções de transporte do animal

Há duas opções de transporte do seu bichinho no voo, sendo elas pelo compartimento de cargas ou na cabine da aeronave. Porém é necessário que veja as regras de cada companhia aérea, pois elas variam na questão do peso, tamanho e idade do seu animal. Para a solicitação desse serviço há uma taxa que varia entre 80 a 500 reais, que se altera de acordo com a companhia aérea, local de transporte (compartimento de cargas ou cabine), destino e tipo de voo (nacional ou internacional).



4. Dicas e cuidados com o animal

Para garantir segurança para seu bichinho durante a viagem, ai vai algumas dicas e cuidados que você deve ter:

- Escolha a caixa de transporte ideal: pesquise muito antes de escolher, além das regras das companhias aéreas sobre os tamanhos, é importante se atentar com as travas e ventilação da caixa e que seja do tamanho apropriado para o animal dar uma volta completa e conseguir ficar de pé para o seu melhor conforto.

- Coloque identificação na coleira e na caixa de transporte: coloque todas as informações de contato na coleira e na caixa do animal para caso aconteça alguma emergência ou imprevisto.

- Mantenha-o hidratado: como todo o processo do voo é longo, muitos animais podem acabar ficando um pouco desidratados por não beber água. Por isso, é importante que o hidrate bastante antes do embarque ou acople um bebedouro na caixa de transporte.

*O uso de sedativos ou remédios é desaconselhável pelos veterinários e empresas aéreas, já que podem provocar efeitos colaterais. Lembrando que a despressurização no compartimento de bagagens é a mesma da cabine.

5. Observações Gerais:

- Alguns países possuem procedimentos mais rigorosos quanto ao ingresso de animais de raças que eles consideram perigosas; e outros sequer permitem a entrada. Outros, como a Austrália e Nova Zelândia não permitem de jeito algum a entrada de animais, já que podem levar algum tipo de doença.

- O tempo de permanência do animal no exterior é ilimitado, porém observe que se esse período for superior a 60 (sessenta) dias após a emissão do CVI ou a legalização do passaporte (desde que esteja conforme a IN MAPA 05/2013), será necessária a obtenção de nova documentação para o retorno do animal ao Brasil.

Por fim, é bom lembrar que quanto antes agilizar todos os procedimentos mais fácil fica a entrada do seu animalzinho. Deixe nos comentários se você já passou por esse mesmo processo e como foi leva-lo para diferentes cidades ou país!