Vacina de Febre Amarela: exigências antes do embarque
O
recente surto de Febre Amarela que está atingindo algumas regiões do Brasil tem
preocupado muitos, e para combatê-la o Ministério da Saúde lançou uma campanha
de vacinação com doses fracionadas do imunizante. Entretanto, de acordo com a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a dose fracionada – que
equivale a 0,1 mililitros e dura 8 anos – não é válida para quem for viajar
para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia
(CIVP). Mesmo que já tenha recebido a dose
fracionada, o documento será fornecido apenas para quem tomar a
dose-padrão da vacina – que corresponde a 0,5
mililitros e imuniza para a vida toda –, sendo necessário apresentar algum
comprovante da viagem, como por exemplo, a passagem. Mas cuidado, segundo o
Ministério da Saúde, é preciso que haja um intervalo de no mínimo 30 dias entre
as duas vacinas.
Caso esteja com viagem marcada e ainda não realizou nenhum
desses procedimentos, não se preocupe, reunimos para você as principais dúvidas
de todo viajante a respeito da vacinação e o que se deve atentar. A primeira recomendação
é que a vacina contra febre amarela deve ser tomada com antecedência mínima de
10 dias da viagem, caso contrário poderá ser afetado o embarque e a entrada no
país que exige o documento. Lembrando que não serão emitidos certificados para
pessoas que apresentarem o comprovante referente à dose fracionada.
Mas como tirar o Certificado Internacional de Vacinação ou
Profilaxia (CIVP)?
Depois de recebido a vacina, é
preciso fazer um pré-cadastro online no site da ANVISA, agendar uma data no
posto mais próximo e comparecer ao endereço levando o cartão de vacinação, documento
de identidade e a passagem emitida. A emissão do CIVP não
possui custos. Caso a sua viagem seja antes da data de agendamento
mais próxima, vá até um posto da ANVISA
do aeroporto com a passagem aérea e o cartão de vacinação em mãos. Lá você poderá retirar o seu certificado, entretanto enfrentará
um bom tempo de espera.
Quais países exigem o Certificado Internacional de Vacinação?
Afeganistão,
África do Sul, Albania, Angola, Antigua e Barbuda, Antilhas Holandesas, Arábia
Saudita, Argélia, Aruba, Austrália, Bahamas, Barém, Bangladesh, Barbados,
Belize, Benim, Bolívia, Bonaire, Botswana, Brasil, Brunei, Burkina Faso,
Burundi, Butão, Cabo Verde, Camarões, Cambodja, Cazaquistão, Chade, China,
Colômbia, Congo, Coréia do Norte, Costa do Marfim, Costa Rica, Cuba, Curaçao,
Djibouti, Dominica, Egito, El Salvador, Equador, Eritreia, Etiópia, Fiji,
Filipinas, Gabão, Gâmbia, Gana, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Guiana
Francesa, Guiné, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Haiti, Honduras, Ilha do
Natal, Ilha Norfolk, Ilhas Pitcairn, Ilhas Salomão, Índia, Indonésia, Irã,
Iraque, Jamaica, Jordânia, Kiribati, Laos, Lesoto, Libéria, Líbia, Lituânia,
Madagascar, Mali, Malawi, Malásia, Maldivas, Malta, Martinica, Mauritânia,
Maurícia, Mayotte, Montserrat, Moçambique, Myanmar, Namíbia, Nauru, Nepal,
Nicarágua, Níger, Nigéria, Niue, Nova Caledônia, Omã, Panamá, Paquistão,
Paraguai, Polinésia Francesa, Quênia, Quirguistão, República Centro-Africana,
República Democrática do Congo, Reunião, Ruanda, São Bartolomeu, São Cristóvão
e Nevis, São Martinho (Saint Martin/Sint Maarten), São Vicente e Granadinas,
São Tomé e Príncipe, Samoa, Santa Helena, Santa Lúcia, Senegal, Serra Leoa,
Seychelles, Singapura, Somália, Sri Lanka, Suazilândia, Sudão, Suriname,
Tailândia, Tanzânia, Timor Leste, Togo, Tristão da Cunha, Trinidade e Tobago,
Uganda, Venezuela, Vietnam, Wallis e Futuna, Zâmbia, Zimbabwe.
No site da Anvisa é possível acessar todas as orientações relacionadas à saúde pública nas diferentes nações. Cada país tem sua particularidade, por isso verifique com antecedência as vacinas exigidas e o intervalo de dias entre as doses. O mesmo acontece com as viagens entre diferentes regiões do mesmo país, a falta desses procedimentos pode colocar em risco a saúde do viajante e a própria entrada no destino desejado.