#FriendlyDestinations: Turismo na Antártida
Continente onde foi registrada a temperatura mais baixa de todos os tempos (-89,2°C em Vostok, uma base russa), a Antártida, ou também chamada Antártica, possui uma extensão de 14 milhões de km², porém inóspita para o ser humano. É localizada no polo Sul, cercada pelos oceanos Pacífico e Atlântico, e seu histórico se resume às diversas expedições e estudos em torno do continente, com muitas regiões ainda não exploradas pelo homem. Durante todo o ano, cerca de 98% do território permanece congelado, com temperaturas médias que variam entre 0°C no verão a -65°C no inverno. Além disso, por apresentar temperaturas baixíssimas e uma precipitação anual de apenas 140mm, a Antártida é considerada um imenso deserto polar, fazendo com que não possua uma população permanente. O continente já se tornou uma área de grandes pesquisas para cientistas, que estudam sua diversidade e seus recentes problemas ambientais.
Mesmo com um clima imprevisível e condições extremas, atualmente também é possível o turismo pelo continente e não se limita à visita de pesquisadores. As primeiras viagens turísticas a esse continente datam do final da década de 50 e, hoje, pisar em terras congelantes está se tornando, cada vez mais, um anseio de turistas. Algum momento já passou por sua mente a ideia de viajar para lá? O curioso e intrigante continente apresenta uma beleza fascinante, com uma fauna e flora pouco diversa, porém característica e importante para o equilíbrio do ecossistema. A beleza do gelo e o ambiente exótico atraem os olhos do turista, tornando-se um local ideal para quem gosta de vivenciar aventuras e lugares incomuns.
Há vários tratados e leis que protegem e regulam as atividades realizadas na Antártica, que consequentemente passam a fazer parte da construção da consciência ambiental do visitante. As visitas nesse continente são sempre guiadas e monitoradas, e acontecem entre Março e Novembro, sendo o verão a época indicada para conhecer a região – o qual os dias chegam a durar mais de vinte horas. A maioria das excursões sai dos portos de Ushuaia na Argentina, Punta Arenas no Chile, Port Stanley nas Ilhas Falkland, Hobart na Austrália e Bluff na Nova Zelândia, e chega à península antártica entre 3 e 2 dias, dependendo do tempo. Muitos roteiros podem incluir uma visita às Ilhas Geórgia do Sul, antigo porto de baleeiros escandinavos, às Ilhas Malvinas (ou Falklands) e também às termas vulcânicas. Os turistas também têm a oportunidade de visitar estações científicas e ficar de perto dos animais locais, como pinguins, orcas, aves marinhas, focas, etc. Além disso, há passeios com guias-cientistas em zodiacs (botes motorizados), e atividades como Stand Up Paddle, acampamento, caiaque, esqui, entre outras.
O ponto negativo é que muitos passeios podem ser cancelados devido ao tempo, por isso é preciso ficar atento. Aqueles que não gostam de climas frios não precisam se preocupar, pois os cruzeiros que vão até a região possuem uma boa infraestrutura de acomodação e aguentam temperaturas muito baixas. Apesar de ser um destino possível, é necessária a segurança e também ter um cuidado com o local, uma vez que o continente tem influência direta no clima e na biodiversidade do planeta. Por fim, a Antártida guarda grandes experiências para aqueles com espírito aventureiro e que não perdem uma experiência nova.
